domingo, 28 de fevereiro de 2010

Setenta vezes sete

Este é o numero de vezes que devemos perdoar os nossos devedores, não são 490 vezes, mas infinitamente. Dizem que herrar é umano, no entanto eu conheço muitos desumanos que erram em todos os sentidos, principalmente quando fazem julgamento precipitado do próximo mais próximo, demonstrando total ignorância dos fatos que pensam conhecer, provavelmente por não terem olhos de ver e nem ouvidos de ouvir, nem sensibilidades aos sentimentos, é como as ondas de rádio, uma FM nunca sintoniza uma AM e vice versa, apesar das ondas estarem no mesmo lugar e espaço.

Seria melhor que não tivéssemos devedores, que não fossemos atingidos, afetados ou alcançados por injurias e faltas de qualquer espécie, isto seria possível se nos mantivéssemos em vibrações e sintonias de alto padrão, mas este atributo só pertence ao seres iluminados, aqueles que já fizeram o caminho e conquistaram o direito de imunização.

Mas porque devemos perdoar ?

Pra estarmos livre, pra não manter um laço, uma amarra, uma âncora com energias funestas, imagine um determinado momento na vida, quando recebemos uma promoção e precisamos levantar vôo, crescer, transmutar e nos deparamos chumbados, presos, condenados, ligados naqueles com quais temos diferenças, deve ser por isto que quando vamos fazer nossa oferenda, antes devemos nos conciliar com nossos adversários, senão a oferta não será aceita.

Se alimentarmos sentimento de amargura, tristeza, azedume, sofrimento, vingança, estaremos contraindo doenças mentais, físicas, espirituais e assim afetando e atrasando o nosso progresso.

Devemos cultivar laços de amor, fraternidade, amizade, simpatia, alegria, carinho,respeito, etc., assim criar um campo energético positivo, proporcionando condições para bem-aventurança, esta é a lei que rege todos os seres.

Quantas vezes repetimos esta frase: “... perdoais as nossas ofensas, assim como perdoamos nossos devedores ...” e acrescentamos, eu perdôo, mas não quero ver a cara do infrator (a) nunca mais, isto me parece um perdão parcial, fragmentado, não eliminado a ligadura, mantendo assim as amarras.

Amar os amigos já é complicado, mas somos agraciados pelas compensações, tipo toma lá dá cá, agora amar os inimigos, não é pra qualquer um, qual de nós diria : “perdoai senhor, eles não sabem o que fazem” no momento em que estamos sendo abatidos.

Devemos acreditar na justiça, não a dos homens mas a divina, e compreender que as leis imutáveis se aplicam a todos, sem privilégios pra uns ou outros, assim racionalmente poderemos aceitar a vida como ela é.

O perdão é o esquecimento completo e absoluto das ofensas, vem do coração é sincero, generoso e não fere o amor próprio do ofensor. Não impõe condições humilhantes tampouco é motivado por orgulho ou ostentação. O verdadeiro perdão se reconhece pelos atos e não pelas palavras, é o caminho para atingirmos a paz.

“O fraco jamais perdoa: o perdão é uma das características do forte.” (Mahatma Gandhi)

Chegar Lá

Chegar Lá

do álbum “Antropofagia ao Vivo”

(funk bossa)

Intr.: F7M Fm6/11+ Gm7 C7/9


F7M Fm6/11+

Não me traga o amor

Gm7

Com preconceito se eu quiser

C7/9 F7M ( Fm6/11+ Gm7 C7/9 )

Conselho ou água eu peço, por favor

F7M Fm6/11+

Não aponte só

Gm7

Os meus defeitos que eu também

C7/9 F7M ( Fm6/11+ Gm7 C7/9 )

Tenho direito ...pra me enganar.... Olha lá

F7M Fm6/11+

Não me traga a flor

Gm7

Com os espinhos se eu quiser

C7/9 F7M ( Fm6/11+ Gm7 C7/9 )

Seguir este caminho... Eu vou .... Oh ! se vou ... Como vou

F7M Fm6/11+ Gm7 C7/9

E sei que vou chegar lá. ( 2 vezes )

#F7M #Fm6/11+ #Gm7 #C7/9

Chegar lá....

G7M Gm6/11+ Am7 D7/9....

Chegar lá....

F7M Fm6/11+ Gm7 C7/9

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Farinha do mesmo saco

Pra Deus, todo mundo é igual, mas acontece que eu ainda não sou Deus.

O podre não é pobre porque é honesto, é pobre por razões ocultas, nasce na classe pobre. Mas se penetrarmos em sua mente para ver ao que aspira e sonha, descobriremos que ele sonha com o bem-estar que não tem, que inveja a riqueza dos outros. E se pudesse também seria rico.

O pobre tem em potencial, a mesma natureza maligna das outras classes sociais que o dominam, isto pode ser constatado pelas suas manifestações mais comuns. Se um pobre percebe que possui algo mais do que um amigo ou conhecido, fará tudo para mostrar que dispõe daquela coisa ou bem que o outro não tem. Isto acontece por causa do desejo de superioridade, para humilhar o próximo. O rico faz a mesma coisa, naturalmente com os meios adequado à sua riqueza. Observando bem como nos comportamos, descobriremos que o pobre, o simi-pobre, o burguês e o rico, têm em comum o mesmo defeito, são farinha do mesmo saco e demonstram egoísmo mórbido.

O rico por sua vez, quando é verdadeiro, não demonstra sua riqueza e vive modestamente em seus hábitos e escolhas, evitando aparecer. Aqueles que querem se passar por ricos, muitas vezes sobrevivem de sonegação de impostos, golpes na praça ou exploração de mão-de-obra, alguns estiveram no paraíso financeiro por algum tempo, caíram destroçados e continuam ostentando uma aparência falsa, outros herdaram de parentes uma relativa fortuna, e como nunca fizeram nada pra conquistar, vivem no ridículo, cometendo gafes de todas as ordens, não sabem que educação, cultura e orgasmo não se compram, pra possuir tem que conquistar, é tipo “quem tem, tem”.

É comum encontrarmos em happy hours, pseudo-ricos bebendo e comendo o que há de melhor, filosofando sobre formulas de fazer milhões e falando mal de quem trabalha. São invejosos e cobiçosos. No final insistem em pagar a conta, como forma de preponderância, e vivem o drama de como cobrir o saldo negativo no banco no dia seguinte.

Dinheiro é energia pura, circula de mão em mão, uma hora se ganha outra se perde, e deve ser tratado como uma mulher, com delicadeza, não pode apertar demais senão esmaga ,e não pode soltar muito, senão ela voa, tem que saber segurar.

“A mulher é o sol que ilumina o lar, é flor divina que embeleza a humanidade”. Masaharu Taniguchi.


sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Auto-estima

Ontem fui dormir com um buraco no coração, não propriamente coração, pois os sentimentos não ficam lá, penso que ficam na alma, que deve se localizar entre a cabeça e um pouco abaixo da garganta. O coração é uma bomba, que distribui vida para corpo, é um lugar onde se põe ponte de safena . Com a garganta seca e apertada, me sentia como um cão sem dono, lembrei de Sai Baba que disse “deve comer como um cão e perambular como uma raposa, significando que deve contentar-se com o que quer que obtenha (para nutrir-se) e descansar onde quer que possa”.

Eu queria dormir, mas pensava .... Sou um lobo solitário, na lua cheia sempre arrumo uma mulher, mas nesta noite não tem lua, amanha cedo vou ver o calendário ..... Hoje não tenho mãe, nem avó, nem irmã, nem namorada, nem mulher, nem filha, nem empregada, nem vizinha gostosa, nem amante, nem professora, nem amiga de carne e osso, tenho amigas virtuais, e com uma delas, sonhei e sonho em possuí-la, e ai, fico cheio de coragem e razão, trabalho melhor, ouço melhor, estudo melhor, faço música e toco melhor, escrevo melhor, consigo sentir a natureza, e observar de perto os reinos que nos cercam, e quando jogo bola, até faço gols. Mas esta noite foi triste, ela me deletou do Orkut, apresentou uma amiga solitária, foi fria, indiferente, percebi que era o fim, de uma forma sutil, jogou o osso e gritou ... pega !.

Se tenho um buraco, o melhor e tampá-lo, vou abrir um bom vinho, ouvir Esperanza Spalding, pedir uma pizza dupla (outro dia eu li no Twitter, que “Papai Noel de solteiro é o entregador de pizza”), vou vestir aquela camisa que mais gosto, vou fazer a barba, lustrar os sapatos, cortar as unhas, comprar camisinhas, colocar gasolina no “Besouro Verde” e sair pra jogar o laço.

Vou parar de mendigar felicidade, vou agir como um garimpeiro, mas uma vez lembro-me de trechos de uma leitura, disse o Prof. Hermógenes “Aquele que se conhece injustiçado e sem correspondência amorosa, e vive a pedir amor, dificilmente pode ser amado”. Vou fazer por onde ser amado, oferecendo,sendo positivo, criando, irradiando, distribuindo, ofertando, assim é a lei, se funciona para outros, também vai funcionar comigo.

Mesmo que eu esteja em sofrimento, e com alguns buracos no peito, quando alguém perguntar o convencional “como vai ?”, respondei sorrindo: Vou bem, obrigado ! Se Deus ajudar, atrapalha.



Estima: [Dev. de estimar.] S. f.

1. Sentimento da importância ou do valor de alguém ou de alguma coisa; apreço, consideração, respeito: 2

2. Afeição, afeto; amizade: 2

3. Apego que se dedica a um animal, a um objeto, etc.

4. V. estimativa (1): 2

[Sin. ger.: estimação.]